terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
7 mitos sobre a maconha
A maconha vicia
O vício na maconha é uma questão bastante relativa até mesmo para os cientistas. Segundo o biomédico Renato Filev, pesquisador do Núcleo de Neurobiologia e Transtornos Psiquiátricos da USP, o vício na cannabis, de fato, não existe, mas sim um hábito de fumá-la. O consumo de erva com frequência pode ser considerado vício, porém, não há relatos clínicos de casos de abstinência”. Também não há relatos de tolerância (quando a droga não faz mais efeito) à cannabis, um dos sintomas do vício. O fato do conceito de dependência ter ganhado outras facetas também dificulta dizer se há o vício. “Há diferentes níveis de dependência. O vício na maconha, entretanto, é social e individualmente menos danoso do que os de outras drogas e mais fácil de ser enfrentado, ainda que acarrete grande sofrimento, como qualquer transtorno mental grave”, diz o antropólogo Maurício Fiore. Ou seja, você pode não se tornar quimicamente dependente da maconha, mas mentalmente.
A maconha causa danos cerebrais
O uso excessivo de maconha pode caudar danos cerebrais sutis a longo prazo, mas não deixar a pessoa completamente demente. Este mito aparece na história desde o século 19, quando os ingleses acreditavam que o bhang, bebida à base de maconha bastante comum na região da Índia, causada demência. Hoje, depois de anos de pesquisas, sabemos que a cannabis não faz mal, desde que usada moderadamente. Experiências que compararam pessoas que não fumavam maconha com usuários assíduos, que consumiam cinco baseados por dia há mais de 15 anos, mostraram diferenças sutis nos resultados de memória e atenção. A mesma pesquisa mostrou que o uso excessivo e diário de álcool causa mais sequelas do que a cannabis.
Maconha x Cigarro: males
Não há provas da relação direta entre fumar maconha e câncer de pulmão, traqueia ou outros associados ao uso do cigarro. Nem por isso, o baseado está livre de seus males. “O fato de ser inalada normalmente sob a forma de fumaça resultante da queima da erva enrolada num papel acarreta consequências tão ou mais negativas que as do tabaco”, diz o antropólogo Fiore. Outra preocupação é que os resultados do uso prolongado da droga ainda são incertos.“A ilegalidade da maconha é um enorme obstáculo para a pesquisa sobre consequências do seu consumo e para a disseminação de informações aos seus consumidores”, completa Fiore. Mas já sabe-se que o usuário eventual não precisa se preocupar com um aumento grande do risco de câncer. Porém, aquele que fuma mais de um baseado por dia há mais de 15 anos deve pensar em parar.
A maconha é só o começo
Grande parte de viciados em drogas pesadas foi, no passado, usuário de maconha, mas nem todos ficam viciados em drogas pesadas. Esta é a melhor maneira de explicar o fenômeno que deu à cannabis a fama de que é uma porta de entrada para o consumo de drogas como o crack e a heroína. “Uma parcela muito pequena de usuários de maconha migram para outras drogas”, diz o biomédico Filev. A maior e única ligação entre a maconha e o crack, por exemplo, é que ambos são ilegais e são vendidos no mesmo lugar. Segundo o antropólogo Mauricio Fiore, o que faz um usuário de maconha ter acesso a drogas mais pesadas é o simples e puramente fácil acesso a elas, por estarem na “mesma prateleira do supermercado”.
A maconha é mais forte hoje do que era no passado
As novas técnicas de cultivo da cannabis e a popularização do skunk, maconha hidropônica, são os culpados pelo surgimento deste mito. A sociedade civil acusa que o uso de tipos híbridos no cultivo da maconha faz com que a planta tenha maior quantidade de resina e de princípios ativos, o que a deixaria mais “forte”. De fato, a “potência” da maconha depende da “safra” da cannabis e dos cuidados do cultivador, mas essa turbinada independe se a planta é hidropônica ou não. “Planta geneticamente alterada não significa maior potência e nem muito menos que os usuários estejam consumindo maconha de forma mais arriscada ou perigosa”, diz o antropólogo Fiore.
Maconha não tem valor medicinal
A maconha pode (ainda) não curar, mas ajuda a aliviar os incômodos do tratamento de transtornos mentais e de portadores do HIV, estimulando o apetite dos pacientes. O primeiro relato médico do uso medicinal da cannabis foi há 5 mil anos, em um herbário chinês, onde a planta era indicada para combater males como a asma, doenças do aparelho reprodutor feminino, insônia e constipação intestinal. No ocidente, quem inaugurou o uso “sério” da droga foi o professor Raphael Mechoulam, da Universidade Hebraica de Jerusalém. Atualmente, os medicamentos com base na maconha estão sendo usados em pacientes de Aids, câncer e esclerose múltipla. “Estão sendo feitos os componentes da Cannabis em comprimidos e spray”, conta o biomédico Filev. “A droga, então, poderá ser usada nos tratamentos de transtornos como ansiedade, depressão, psicose, esquizofrenia e doenças neurodegenerativas”.
Na Holanda vale tudo!
Se você acha que, assim que descer em Amsterdã, encontrará pessoas por todos os cantos fumando os seus cigarros de maconha, você está completamente enganado. Ao contrário do que achamos, a Holanda não liberou a Cannabis, mas adotou uma política de tolerância às drogas. Você não encontrará, por exemplo, gente fumando maconha nas escolas e nos transportes públicos, lugares onde o consumo é proibido. Os usuários só podem acender os seus baseados em parques, bares e ao ar livre. Você também não poderá comprar a Cannabis em qualquer lugar, já que apenas casas especiais, os Coffee Shops, podem vendê-la. Além disso, uma pessoa pode comprar, no máximo, 5 gramas de maconha (sendo que os Coffee Shop podem ter no máximo 500 gramas da droga), para evitar o consumo excessivo e o tráfico de drogas. A legislação proíbe, ainda, a publicidade da cannabis e a venda da erva a menores de 18 anos.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Maconha na Índia
Em alguns lugares ela já é liberada para uso medicinal, em outros sua liberação ainda encontra-se em discussão. Uma das mais antigas e conhecidas drogas, a maconha é referência em campanhas contra uso de entorpecentes, porém, este equívoco, vem custando muito a sociedade, já que a repressão desta droga aumenta o preço da mesma e gera uma violência lastimável, principalmente contra as classes pobres.
Em outros lugares, a maconha tem um grande vínculo religioso, como é o caso da Índia, o responsável pela destruição e renovação do universo, a planta é considerada um presente do deus para o homem.
O Haxixe conhecido também como charas é consumido diariamente em grandes quantidades pelos Sadhus, religiosos renunciantes que abrem mão dos bens materiais e passam a morar na rua meditando, fazendo oferendas a deus e vivendo de doações.
Comprar maconha na India não é ilegal, existem lojas chamadas Bhang Shops onde se pode comprar a erva e derivados como a bebida sagrada e biscoitos. Turistas de todo o mundo vão a India em busca de iluminação espiritual e a maconha de acordo com praticantes nativos pode ser uma ferramenta indispensável nessa busca.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Múmias
Nós somos capazes de julgar e condenar pessoas por seus erros, seus crimes e até mesmo por sua cor, religião, classe social e sua forma de vida, e ao mesmo tempo em que falamos em paz, semeamos a guerra. Talvez ninguém tenha parado pra pensar nisso, mas o fato de você nunca ter feito mal a ninguém, não quer dizer que esteja fazendo o bem, a grande arma do mal é a omissão do bem. Eu vi uma frase no final do filme Lágrimas do Sol, que diz: “Para o triunfo do mal, basta que os bons façam o nada.” Ninguém vai fazer a diferença dizendo e apontando o que está certo e o que está errado.
Não existe caminho para a paz, a paz é o caminho, infelizmente tem muita gente poderosa enchendo os bolsos combatendo a paz. A maconha por exemplo, não é legalizada porque o sistema fica cada vez mais rico com o dinheiro apreendido com os chefes do tráfico, ou alguém pensou que a grana toda ia para o fogo? Vai tudo para o tesouro nacional, só que pra que possam colocar a mão nesse dinheiro, muita gente já tem perdido a vida na guerra do tráfico. O problema maior é que o nosso povo são como múmias que ficam paralisadas na frente de uma TV que hipnotiza a todos com novelas, programinhas e jogos de futebol, enquanto a realidade está nua e crua pelas ruas. Eu fumo maconha, não compro, cultivo e consumo. Trabalho, pago meus impostos, sustento família e faço minha parte contribuindo todo mês com uma quantia que não é muita coisa, mas sei que ajuda uma instituição que cuida de crianças que perderam a visão, não vou trazer a paz mundial com isso, mas é ai onde encontro a minha paz. O que eu quero dizer é que se cada um fizer a sua paz, as coisas seriam bem melhores por aqui.
Então, isso não é a razão, é só a minha opinião. Fique a vontade para deixar a sua também.
PAZ DE JAH!
(Um fininho pra relaxar)
Dica musical:
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
A REALIDADE DA MACONHA
Há
muito que
dizer sobre este assunto, que está emergindo para a superfície das
discussões da
sociedade moderna. Existem muitas controvérsias e pontos de vista sobre,
mas a verdadeira polaridade que existe em qualquer tema é a verdade
e a mentira. Acontece que em relação à Cannabis, a ciência já descobriu
muito,
e é impressionante como um assunto tão bem delimitado pode ser tão
distorcido.
Uma característica
da sociedade que chama a atenção é o super-criticismo em relação à maconha, por
alguma razão as pessoas tendem a se voltar para os problemas em vez das soluções
independente da real proporção entre eles, ou seja, se colocarmos na balança os
prós e os contras de todas as substancias que conhecemos, a maconha vencerá
substancias que consideramos culturais e inofensivas como o álcool e o café. Até
mesmo o açúcar que causa diabetes ou o sal a hipertensão, isso demonstra o
preconceito que existe em relação à droga.
É preciso que
entendam que no mundo real não existe nada com 100% de eficiência e saúde, o próprio
oxigênio que respiramos destrói nossos corpos, o ar das grandes cidades contém
poluentes que causam tanto dano a capacidade pulmonar quanto fumar 2 cigarros (tabaco)por
dia. A alimentação é uma das principais causas de enfarte entre outros problemas.
Isso tudo não quer dizer que deveríamos estar andando com mascaras de gás e proibindo
os lanches gordurosos, nós somos naturalmente suscetíveis a problemas de saúde e
temos de viver com esse medo.
Segue um
gráfico que analisa o nível de dependência e o nível de letalidade das drogas.
É
praticamente impossível ter uma overdose de THC, você desmaiaria muito antes de
chegar perto e como podemos ver, diferente do que muitos pensam, o potencial de
overdose da maconha é 10 vezes menor que do café e 100 vezes menor que o álcool.
Com isto em
mente, podemos concluir que as drogas são muito diferentes entre si, e não podem
ser classificadas como “tudo farinha do mesmo saco”. Cada substancia têm suas
particularidades e deve ser analisada particularmente.
Mas afinal
como a maconha realmente funciona no corpo e na mente?
Em 1990 Howlett
e sua equipe descobriram que existe um sistema cerebral especifico nos mamíferos,
dotado de receptores especiais para as substancias da maconha, esta descoberta
deu inicio a uma serie de pesquisas que promoveram o melhor entendimento sobre
o assunto.
Hoje a ciência
nos mostra que o sistema endocanabinóide que é responsável pela “ brisa” é
também um dos principais responsáveis por uma porção de funções no cérebro e no
corpo para a promoção da homeostasia, ou seja, a
manutenção do cérebro e o corpo, o que explica muito sobre os efeitos comuns,
de fome, sono e bem estar.
Esta nova
perspectiva de que a maconha é de fato natural, entrou em embate com as antigas
crenças promovidas pelos estados unidos, quando eles acreditavam que a maconha
era responsável pela agressividade e estupro de mulheres brancas por parte dos
negros.
O estudo que
demonstrava que a maconha destruía células do cérebro 1974( Dr Health/Tulane Study),
nunca tinha sido aberto para o publico, quando o método do trabalho foi
revelado, descobriram que na verdade os cientistas colocaram mascaras de gás
nos macacos e os forçaram a inalar uma quantidade enorme de fumaça, sem que os
macacos pudessem respirar, a falta de oxigênio no cérebro é fatal para os neurônios,
fato já sabido na época.
Na verdade em
2005 um novo estudo (Xia zhang
university of Saskatchewan), demonstrou que a maconha pode estimular
a produção de neurônios e hoje aparece como uma possível forma de
tratamento para o Alzheimer, mas aparentemente o mito dos macacos asfixiados
chama mais atenção do público.
O câncer de
pulmão é outro mito clássico do assunto, talvez por referência do cigarro, mas
como já foi dito, cada substância deve ser estudada individualmente. Para
surpresa de todos, um estudo feito em Harvard (American Association for Cancer
Research, 2007), foi constatado que o uso de maconha na verdade desacelera o
crescimento do câncer de pulmão em 50%.
Os possíveis
usos desta planta são imensos, pode ser usada na produção de umas das fibras
mais fortes da natureza para tecidos, é de fácil plantio, permitindo ser usada
como combustível alternativo é uma das plantas com maior utilidade médica, se não
a maior, sendo útil em muitos casos como:
Dores crônicas,
anestésico pós-operatório ( mais eficiente que remédios), vários tipos de
canceres, aliviando a quimioterapia ou até mesmo substituindo-a em alguns casos
como o câncer de nariz, glaucoma, esclerose múltipla, ajuda pacientes com HIV a
manter o peso e o bem estar, problemas de estomago, epilepsia, Alzheimer, náuseas
, stress entre outras.
A maconha nos
acompanha a mais de 10.000 anos, sem sequer uma morte ou doença atribuída, então
por que diabos ela é ilegal? A resposta é simples, a maconha não dá muito
dinheiro, a não ser que seja proibida, já que qualquer um pode plantar no
quintal e sua eficácia médica não exige nenhum processamento farmacêutico. Fica
a dúvida, se a proibição é fruto da ganancia ou apenas da estupidez humana.
Fonte: The Brencios
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